Plantou ali, mesmo com um campo enorme, semeou, regou, observou crescer e tomar forma, dali não retirou, deu liberdade para o que quer que fosse querer. Viu murchar, curar e multiplicar e nunca ousou daquele lugar retirar. E então, num ciclo natural, a vida, o vento, ou o próprio campo o levou.
Mas era um campo enorme, e mesmo sem acreditar
conseguir deixar para trás seu primeiro projeto, pensou: havia mais lugares
onde plantar. Repetiu o processo, jurou não mais falhar; semeou, regou,
observou crescer e tomar forma, então do solo o arrancou. Maltratado, viu-o
morrer em suas mãos.
Então no campo inteiro plantou, cuidou,
observou, mas o vento carregou. Tentou alcançar, mas o que não for seu não irá
ficar. Ainda tentou, correu pelo vasto espaço, esticou-se o máximo e por entre
os dedos escaparam, eram inalcançáveis.
Notará então que aqueles que resistiram ao vento e mantiveram-se firmes, agora, por sua culpa, estavam pisoteados, mortos no chão. As pessoas como os dentes-de-leão.
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